ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA
OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 11-12-2014.
Aos onze dias do mês de
dezembro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo,
Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna,
Guilherme Socias Villela, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Mauro
Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol e Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
vereadores Any Ortiz, Dr. Thiago, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, João
Derly, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila e Waldir
Canal. Após, foi apregoado documento de autoria da veradora Séfora Mota,
deferido pelo Presidente, solicitando autorização para representar externamente
este Legislativo no II Fórum Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social de
Porto Alegre, no dia de hoje, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constou o Ofício
nº 303/14, do vereador Jorge Luis Rizzon de Godoy, Presidente da Câmara
Municipal de Flores da Cunha – RS. Na ocasião, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pelo vereador Pedro Ruas, solicitando que os vereadores fossem dispensados
do uso da indumentária prevista no artigo 216, inciso III, do Regimento durante
a presente Sessão. A seguir, o Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA
POPULAR, a Roberto Rodrigues, Presidente da Associação dos Agentes de
Fiscalização Municipal de Porto Alegre – AAFIM –, que discorreu sobre a
modernização da fiscalização municipal. Em
continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Pedro Ruas,
Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Engº Comassetto, Delegado Cleiton,
Lourdes Sprenger, Bernardino Vendruscolo e Guilherme Socias Villela
manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Os trabalhos
foram suspensos das quatorze horas e quarenta e três minutos às quatorze horas
e quarenta e quatro minutos. Em prosseguimento, foi iniciado o período de
COMUNICAÇÕES, hoje destinado à apresentação do projeto vencedor do concurso
público para o prédio que abrigará a sede administrativa da Câmara Municipal de
Porto Alegre. Compuseram a Mesa: o vereador Professor Garcia, presidindo os
trabalhos; Ednezer Flores, 2º Vice-Presidente do Instituto dos Arquitetos do
Brasil, Secção Rio Grande do Sul; e Daniel Corsi da Silva, Laura Pardo, Dani
Hirano e André Sauaia, arquitetos do escritório vencedor do concurso. A
seguir, o Presidente concedeu a palavra para considerações sobre o tema a
Ednezer Flores e Daniel Corsi da Silva. Em
COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso III, do Regimento,
pronunciaram-se os vereadores Elizandro Sabino, Bernardino Vendruscolo e
Marcelo Sgarbossa. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e dezessete
minutos às quinze horas e vinte minutos. Em
continuidade, foi aprovado Requerimento verbal formulado pela vereadora
Fernanda Melchionna, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente
Sessão. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 209 e 230/14, o Projeto de Lei do Executivo no
041/14 e o Projeto de Resolução nº 036/14. Durante a Sessão, o vereador
Marcelo Sgarbossa manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às quinze horas e
vinte e sete minutos, constatada a inexistência de quórum, o Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a Sessão Ordinária
da próxima segunda-feira, à
hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Professor Garcia e
secretariados pelo vereador Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º
Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra.
O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que os
Vereadores sejam dispensados do uso do casaco na tarde de hoje.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Defiro o seu pedido. Passamos à
A
Tribuna Popular de hoje terá a presença da Associação dos Agentes de
Fiscalização Municipal de Porto Alegre, que tratará de assunto relativo à
Modernização da Fiscalização Municipal. O Sr. Roberto Rodrigues, Presidente,
está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.
O SR. ROBERTO RODRIGUES: Excelentíssimo Ver. Professor Garcia,
Presidente da Câmara de Vereadores, muito boa tarde. Ao cumprimentá-lo, e desde
já agradecendo a oportunidade de usar tão privilegiado espaço, cumprimentamos
também todas as Vereadoras e Vereadores, tão bem escolhidos por Porto Alegre
para serem seus representantes. Cumprimento também a população de Porto Alegre,
aqui representada, trazendo as suas demandas a esta Casa do Povo e,
principalmente, cumprimento os meus colegas, Agentes de Fiscalização, que, 24
horas do dia, sete dias por semana, mantêm um bom controle sobre a Cidade – e
este é o tema que nos traz nesta oportunidade.
A
atuação destacada desta Casa, em sintonia com o Executivo e com toda a
sociedade, construiu uma Cidade que é referência mundial em democracia
participativa. Construiu uma Cidade com um dos maiores índices de qualidade de
vida do Brasil, uma Cidade onde nasceram, vivem, trabalham, estudam, buscam
cultura e lazer, uma imensa legião de pessoas honestas e trabalhadoras. A
capital da longevidade, das baixas taxas de mortalidade infantil, das
universidades respeitadas internacionalmente, da alta tecnologia e valor humano
dos seus serviços de saúde. Enfim, uma Cidade referência em respeito ao cidadão
e aos direitos humanos. Mas nem tudo são flores, Vereadoras e Vereadores. Se,
por um lado, a grande maioria da população daqui tem espirito público e
respeita as leis, ainda dá uma resposta imediata e positiva às campanhas de
conscientização e educação em relação às posturas municipais, tem uma parcela
da população que precisa um certo incentivo para se adequar ao espírito
coletivo que impera em nossa Capital.
Então,
temos muito bem delineado, em nível teórico, o papel da nossa fiscalização: de
um lado, educação e conscientização das posturas públicas; do outro, o
exercício do seu papel de policia administrativa naqueles casos onde são
realizadas práticas que ameacem o interesse público. Conforme Fernando Pessoa,
toda teoria foi feita para ser posta em prática, e, na nossa opinião, é daqui
que vem o reconhecimento que Porto Alegre possui. Porto alegre é uma cidade que
pensa, mas também Porto alegre é uma cidade que faz. Considerando, então, a
necessidade dupla de abordarmos a cidade e os cidadãos, de maneira correta e
suficiente, educando de um lado e cobrando e exigindo de outro, temos o
elemento central de ligação de Porto Alegre com seus cidadãos, que são os seus
agentes de fiscalização municipais; são profissionais, mulheres e homens que
atuam nas mais diversas Secretarias e Departamentos; realizam a defesa dos
consumidores, através do Procon, o controle da atividade econômica através da
SMIC, a fiscalização das edificações e da prevenção de incêndio pela SMURB, a
fiscalização dos passeios e logradouros públicos pela SMOV, a fiscalização do
meio ambiente pela SMAM, inclusive com a defesa do patrimônio público, dos
próprios municipais, o trabalho da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal
da Saúde, o trabalho do DMLU, Sr. Presidente, este ano vitaminado por nova
legislação, que ainda não fez o seu primeiro aniversário e já comprovou ampla
eficácia, ampliando a atuação da fiscalização. Lembramos, ainda, a Secretaria
Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social, preparando Porto Alegre para
realmente todos, e não só para alguns; e a nossa irmã mais jovem, a SEDA, que,
também, apesar da sua pouca idade, já é uma referência internacional com seu
trabalho. A atuação dos fiscais da Governança, num projeto inovador, também
merece destaque; e a Defesa Civil, onde os agentes de fiscalização enfrentam
não apenas os problemas causados pela atividade humana, mas também aquelas
questões com origem nas forças da natureza, forças sobre as quais não temos
nenhum controle, mas estamos 100% preparados, seja qual for o tamanho desse
desafio.
Enfim,
que fiscalização é essa? Que fiscais são esses? O nosso cargo de agente de
fiscalização, da forma como o conhecemos hoje, tem origem no final dos anos 60,
início dos anos 70 - naquele momento havia algumas legislações sem integração
nenhuma, que foram reunidas em uma legislação considerada moderna para a época,
a Lei nº 012/75, que é o atual Código de Posturas, no qual, em apenas 93
artigos, se esgotava todo o regramento municipal. Em meia dúzia de folhas, 93
artigos, os senhores têm experiência nessa área, 93 artigos esgotavam todo o
relacionamento entre as pessoas e as instituições na nossa Capital. As obras, a
saúde, o transporte de passageiros e de cargas, os elevadores, a limpeza
urbana, indústria e comércio, meio ambiente e outras estavam regulamentados
nessa única lei. Naquela época, Porto Alegre tinha, então, em torno de 900 mil
habitantes. Esse foi o universo sobre o qual foi concebido nosso cargo, cuja
escolaridade, diante daquela conjuntura, se enquadrava como de nível médio. De
lá para cá, passaram-se 50; a cidade cresceu, a população mais do que dobrou,
considerando a população flutuante, e aquela única lei se transformou em mais
de 500 leis válidas, hoje, em Porto Alegre. Aqueles 93 artigos se desdobraram
em mais de 5 mil artigos válidos e sob a nossa responsabilidade, neste momento,
aqui em Porto Alegre. A estrutura do cargo e o modelo de fiscalização sofreram
alterações muito pequenas nesse período, insuficientes para o atual momento em
que Porto Alegre já vive; portanto, já temos, neste momento, de fazer esse
aperfeiçoamento, e, mais ainda, se olharmos para o futuro, os grandes desafios
que Porto Alegre tem que enfrentar no seu caminho. Tenho certeza de que, com o
apoio desta Casa, nós vamos enfrentá-los e vencê-los. Há um consenso no
esgotamento do atual modelo de fiscalização, modelo cinquentenário, com pouca
integração, muitos retrabalhos e com algumas legislações ainda
pré-constitucionais, tendo sua eficácia bastante reduzida em função desse
ponto.
Mas
Porto Alegre, que é uma cidade inquieta, pensadora, porém realizadora, já está
apresentando resposta à altura do desafio. Já mencionamos Secretarias novas,
com temas modernos, como a SEDA, os CAR, a SMACIS e o Procon. Ainda, órgãos
tradicionais foram repaginados, o DMLU está com Código de Limpeza novo este
ano, ferramenta absolutamente inovadora, que pretendemos copiar para outras
áreas em razão do seu sucesso. Neste modelo a ampliação dos meios de prova para
fins de comprovação das infrações, aceita, a partir de agora, o meio
eletrônico, fotos, filmagens e outros meios de prova, diminuindo a impunidade.
Temos o Procon, órgão cuja implantação foi teve origem na iniciativa de agentes
de fiscalização, que perceberam a necessidade de Porto Alegre ser melhor
defendida nas suas relações de consumo. Enfim, temos iniciativas válidas que
estão se apresentando muito bem, Sr. Presidente, em algumas áreas.
Outro
problema que está tensionando muito é o fato do acesso ao Judiciário muito
facilitado e sem custos, inclusive para quem não estiver de boa-fé em alguns
casos - são infratores com diversas infrações recorrentes, questionando as
ações fiscais, infelizmente, às vezes, tendo algum sucesso. Então, esse acesso
ao Judiciário e a defesas complexas tem permitido defesas muito sólidas contra
as ações fiscais. Nossa Associação participou ativamente da elaboração da nova
lei do processo administrativo, uma norma moderna e democrática e de grande
aplicabilidade. Temos ainda uma das mais aguardadas leis, que é o atual Código
de Convivência Urbana, uma norma que substituirá o atual Código de Posturas,
para o qual vem sendo construído com um dos maiores debates que Porto Alegre
teve notícia. Antecipamos que essas iniciativas muito nos agradam e muito nos
desafiam. Entendemos, então, que o fiscal tem esse trabalho duplo de fazer
educação das posturas e normas municipais, mas também o cumprimento delas. Sr.
Presidente, o senhor nos permite mais dois minutos?
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Eu gostaria, mas nós temos um grupo
esperando para se manifestar, aqui ao lado, então somente por este motivo, eu
não vou lhe conceder. Mas o senhor tem vindo tantas vezes aqui e vai ter novas
oportunidades. Só gostaria que ficasse conosco para ouvir a manifestação das
diversas Bancada. Eu agradeço a sua gentileza, obrigado. (Palmas.)
O
Ver. Pedro Ruas está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento, pela
oposição.
O SR. PEDRO RUAS: Em nome do PSOL, PT, PCdoB, pela
oposição, falava agora com a Ver.ª Fernanda Melchionna, e quero fazer um
registro, meu caro Presidente Roberto Rodrigues, de que há o reconhecimento
nosso da importância do trabalho da fiscalização que gera, efetivamente,
arrecadação para o Município. Para nós há um compromisso de prestigiar esse
trabalho. Eu conheço – o presidente é muito jovem –, mas eu conheço esse
trabalho já há bastante tempo, nas figuras de muitos fiscais que o antecederam,
hoje, encontrei alguns aqui: o Gilmar Gaspar Silva, a Roselma, e que há tantos
anos fazem esse trabalho que, para nós, reitero, para nós Vereadores que temos
um compromisso efetivo com a Cidade, faz enorme diferença. Então receba aqui,
em nome de toda a categoria, os nossos parabéns pelo trabalho e o nosso
compromisso de valorizar o agente de fiscalização como ele deve ser valorizado
numa cidade que ele ajuda, dia a dia, a construir.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Elizandro Sabino está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, também em nome da
bancada do PTB, Roberto Rodrigues, nós queremos parabenizar pela exposição e,
ao mesmo tempo, de forma muito objetiva, dizer do reconhecimento e do
conhecimento dos pleitos ora momentâneos que têm sido reivindicados pela
Associação dos Agentes de Fiscalização Municipal de Porto Alegre, entre os
quais, elevação de cargo de nível superior, a unificação da fiscalização da
Administração Direta, entre tantos outros. Nós, da Bancada do PTB, Ver. Cassio
Trogildo, nosso Líder; Ver. Alceu Brasinha, Ver. Paulo Brum e este Vereador,
trazemos também a nossa palavra de apoio no sentido de estarmos abertos ao
debate. Afinal de contas esta é a Casa Legislativa onde as ações de iniciativa,
tanto da Associação quanto dos próprios agentes, aqui serão discutidas e, por
certo, teremos o melhor para a cidade de Porto Alegre. Afinal, vocês estão lá,
no dia a dia, no front, atuando nas fiscalizações, nas mais diversas
secretarias que já foram denominadas por V. Sª. Então tem o nosso apoio, e
estamos abertos ao debate. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Em nome do PSOL e em nome do Ver. Pedro
Ruas, queria cumprimentar o Roberto Rodrigues, que é o presidente representando
aqui a Associação dos Agentes de Fiscalização, e, no nome dele, cada um dos
fiscais do nosso Município. Nós conhecemos muitos que estão na linha de frente,
o Juarez, nosso colega Jefferson, tantos outros e outras companheiras que
cumprem essa importante e difícil tarefa, que é a fiscalização de uma série de
leis das mais variadas áreas de atuação. Eu estava olhando os cartazes se
referindo à qualidade dos restaurantes, à questão das casas noturnas, que os
fiscais trouxeram, e a gente sabe a complexidade dessas leis com que cada um
dos fiscais trabalha. Por isso é importante buscar essa questão da unificação
da fiscalização – que vocês sempre nos trazem – somada com a valorização
profissional: o nível superior, uma série de reivindicações da categoria, que
são muito justas do ponto de vista da valorização dos trabalhadores, mas
sobretudo da valorização desse serviço para o povo da nossa Cidade.
Então,
eu queria trazer o apoio da Bancada do PSOL e dizer que nós estamos apoiando a
luta de vocês, assim como também do conjunto da categoria dos municipários, no
caso do efeito cascata. E muito tem nos preocupado esta questão do efeito
cascata nos salários dos trabalhadores. Estamos pressionando para que venha
para a Câmara Municipal um projeto de lei que resolva essa situação o quanto
antes.
Ao
mesmo tempo, queria aproveitar este momento para cumprimentar também o Fórum de
Ocupações Urbanas, que está aqui na tarde de hoje, por uma importante pauta,
que é o direito à moradia. Aproveito o momento e mais uma vez reiteramos o
nosso apoio à luta de vocês! (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Engº Comassetto está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ENGº COMASSETTO: (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Quero, em nome da minha Bancada do Partido dos Trabalhadores, dos
Vereadores Mauro Pinheiro, Alberto Kopittke, Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon,
dizer que este debate é muito mais do que buscar a valorização dos agentes de
fiscalização do Município. É também buscar justiça sob o ponto de vista do
reconhecimento das atividades que desenvolvem, porque na verdade são vocês que
dão a cara para bater todo o dia a respeito das políticas que são desenvolvidas
na Cidade, sejam as leis votadas aqui, sejam os programas que o Governo
elabora. E para isso, a luta de vocês de buscar equiparação, de buscar
qualificação, de buscar com que as informações fluam de uma maneira tranquila e
que valorize o agente de fiscalização é mais do que legítima, é necessária.
E eu quero aproveitar, porque nós recebemos, nesta Casa, um projeto que traz mais um conjunto de valorizações financeiras para a Fazenda, sob o ponto de vista da arrecadação, entendo que isso tem que ser discutido com toda a Cidade. Se existe arrecadação, o agente de fiscalização é um dos centrais na busca desses recursos para o Município. Então, queria dizer que a nossa bancada está à disposição para fazer esse debate. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Roberto, demais agentes de
fiscalização, em nome do PDT – Ver. Mario Fraga, Ver. Bosco, Ver. Nereu
D’Avila, Ver. Dr. Thiago, Ver. Márcio Bins Ely –, estamos juntos nessa luta
importante: a valorização e a modernização. Então, contem conosco nessa luta.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, em nome da Bancada do
PMDB, do nosso Líder, Ver. Idenir Cecchim; Ver. Valter Nagelstein, o próprio
Presidente, nós queremos cumprimentá-lo, Sr. Roberto Rodrigues, pela sua
apresentação. Nós estamos acompanhando e somos favoráveis a essa modernização e
também ao trabalho cada vez mais aprofundado e isento, porque onde há uma boa
fiscalização, os gestores trabalharão melhor e melhores resultados terá o
Município. Obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, Professor Garcia, quero
cumprimentar aqui o Roberto e todos os seus companheiros, colegas de trabalho e
demais servidores que aqui estão.
Sr. Presidente, eu vou encaminhar o meu requerimento para Vossa Excelência. Nós aqui, nos últimos tempos, constantemente, estamos recebendo servidores de vários departamentos e secretarias do Município. Na semana passada, nós recebemos os exatores, eu nem sabia que a secretaria tem exator, aliás, muitos Vereadores não sabiam, porque é meia dúzia de exatores, enfim. Eu vou lhe sugerir que se faça aqui uma audiência pública com a participação dos servidores do Município, para ouvirmos a todos – sem exceção! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Ver. Bernardino, só para sua informação:
esta semana tivemos, aqui na Mesa, foram convidados os Vereadores, uma reunião
com o Simpa, que representa o sindicato, mais o Vice-Prefeito, e foi feita uma
reunião em conjunto para ver inclusive algumas coisas sobre o plano de carreira
dos servidores.
O
Ver. Guilherme Socias Villela está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O SR. GUILHERME SOCIAS VILLELA: Em nome do Partido Progressista – Ver.
João Carlos Nedel, Ver. Kevin Krieger, Ver.ª Mônica Leal –, eu apresento os
cumprimentos e quero dizer da nossa preocupação, minha, principalmente, desde
os tempos em que fui Prefeito, em valorizar a categoria e, sobretudo,
reconhecer o trabalho que, muitas vezes, é feito de forma noturna e que tem que
ser reconhecido e é essencial às boas ações da Prefeitura. Muito obrigado pela
presença. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Mais uma vez, obrigado. Ouvimos as
diversas bancadas. Caro Presidente Roberto Rodrigues; caros agentes de
fiscalização municipal, mais uma vez, queremos parabenizá-los por seu trabalho.
Por gentileza, voltem tantas vezes quantas entenderem para ocuparem a Tribuna
Popular. Muito obrigado. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h43min.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às
14h44min): Estão
reabertos os trabalhos. Passamos às
Hoje,
este período é destinado à apresentação do projeto vencedor da Sede
Administrativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Foi através de um concurso
público, com a ajuda e orientação da IAB – Instituto dos Arquitetos do Brasil
–, em que 52 escritórios participaram. E hoje, os senhores, bem como esta
Presidência, vão poder conhecer os escritórios. Dos vencedores, não há nenhum
do Rio Grande do Sul; foram dois de São Paulo, dois de Curitiba; e um de
Brasília.
Convidamos para compor a Mesa: Arq. Ednezer Flores, 2º Vice-Presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, Secção Rio Grande do Sul; Sr. Daniel Corsi da Silva, vencedor do escritório de São Paulo e vai falar em nome dos que venceram esse concurso; Sra. Laura Pardo; o Sr. Dani Hirano; o Sr. André Sauaia. Queremos lembrar que hoje, dia 11, é o Dia do Arquiteto, queremos parabenizá-los. Os arquitetos recentemente constituíram um novo Conselho Federal dos Arquitetos. Parabéns pelo trabalho de vocês!
Quero
fazer uma referência ao Daniel Corsi da Silva, que foi o vencedor do concurso.
Só para saberes, faz mais de 20 anos que estamos esperando a possibilidade da
construção do novo anexo da Câmara de Vereadores. Quero parabenizar a tua
empresa e o teu grupo de trabalho por serem o vencedor. Esperamos que, o quanto
antes, isso possa alavancar. Então, parabéns por esse concurso, do qual
participaram 52 escritórios, e vocês foram os escolhidos.
O
Sr. Ednezer Flores está com a palavra.
O SR. EDNEZER FLORES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, demais presentes, boa tarde a todos, em nome do IAB, nós estamos,
mais uma vez aqui, num trabalho em conjunto com esta Casa fazendo com que o
nosso exercício, o nosso ofício da arquitetura possa ser demonstrado através do
resultado desse concurso público, tão gratificante para o IAB.
Mais
uma vez, é uma demonstração de que, a partir desse trabalho realizado para a
Câmara de Vereadores, também, possamos estar, cada vez mais, abertos à
comunidade, à população em geral para dispor do serviço dos arquitetos em prol
da nossa Cidade.
Em
nome do IAB, muito obrigado, e saudações.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Sr. Daniel Corsi da Silva está com a
palavra.
O SR. DANIEL CORSI DA SILVA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, boa tarde a todos, ao Presidente do IAB/RS, gostaria de iniciar a
fala, primeiro, agradecendo ao IAB/RS, e à Câmara Municipal de Porto Alegre,
pela oportunidade de nos envolvermos com um projeto de tal magnitude.
Recebemos, como premiação, uma motivação indescritível, o envolvimento com um
projeto desse tipo, considerando o quanto ele representa para a Cidade e para
todos, aqui, presentes.
Para
um arquiteto é muito difícil falar de algo visual, que possa remeter ao
entendimento desse projeto. O fato de estarmos aqui presentes nos traz ainda
mais sentido e emoção para o que é viver e trabalhar, de certa maneira, para um
edifício público, de caráter coletivo, e, como arquitetos, isso nos faz ainda
levar com uma seriedade cada vez maior e um envolvimento ainda mais profundo
diante da importância que tudo isso tem. É importante salientar a relevância do
processo conduzido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil do Rio Grande do Sul,
como um processo de concepção de todo esse concurso. A nossa categoria,
coincidentemente, hoje, comemora o seu dia, o Dia do Arquiteto, e
simbolicamente, é muito importante para a gente também poder compartilhar com
vocês esses próximos feitos, e isso será, entre eles, a construção da nova sede
administrativa da Câmara.
Então,
uma questão que nos é muito valiosa, como arquitetos e com o entendimento do
processo da qual a arquitetura nasce, é exatamente a maneira coletiva de se
pensar. Assim foi ao nos defrontarmos com o projeto da nova sede administrativa
da Câmara Municipal de Porto Alegre, desenvolvido como um trabalho coletivo,
entre arquitetos. Diante da primeira oportunidade de se conceber, de se pensar
sobre o que poderia ser esse edifício, o mais importante foi que ele acolhesse
todos que aqui estão, que acolhesse os servidores, que acolhesse o público. E
que o edifício, além de todo o seu caráter funcional, fosse um edifício que
presenteasse a Câmara, hoje, sediada onde nós estamos, nesse belíssimo
edifício, uma herança moderna exemplar não só para a Arquitetura gaúcha, mas
também, para a Arquitetura brasileira, mas que tivesse um segundo momento
contemporâneo desse tempo. E que seguisse e respeitasse a memória que esse
projeto tem para o valor do patrimônio construído da Cidade, mas também como
fato simbólico de encontro de todos nós que estamos aqui dentro. Então o nosso
edifício parte disso, parte da reflexão de que um edifício público, que
representa uma instituição pública, deve, indubitavelmente, representar isso
através dos seus espaços, da sua linguagem, da sua beleza. E, como fonte de
referência, a arquitetura moderna, pautada pelo edifício do Palácio Aloísio Filho,
foi para nós uma referência primária. Então temos aqui uma arquitetura pautada
por uma ideia de ordem, de simplicidade, de eficiência, de economia de meios.
E, acima de tudo isso, é uma união de todos esses fatores, sendo cada um
fundamental na constituição do que é um lugar para o exercício da atividade
pública, para que isso fosse atingido. Acima de tudo, o bem-estar das pessoas
que estiverem lá dentro é uma expectativa muito grande, sem dúvida nenhuma. Que
possamos gerar esse espaço de um convívio muito prazeroso, de um lugar
aprazível e agradável para o seu uso e o seu usufruto. E, junto a isso, como eu
falei anteriormente, como uma função primária da sua existência, que tenha
também uma relação com a Cidade. Ou seja, a Câmara e o Palácio Aloísio Filho se
colocam na cidade de Porto Alegre, nessa região maravilhosa, entre o Rio
Guaíba, o parque e o Centro da Cidade, de uma maneira tão sensível e tão
respeitosa à Cidade.
(Procede-se
à apresentação em PowerPoint.)
O SR. DANIEL CORSI DA SILVA: A nossa proposta, que nós podemos ver
sintetizada nesta imagem, é uma imagem que olha para o parque, que olha para o
Guaíba, e vem, de certa maneira, também, querer expandir a presença do que é a
Câmara na cidade de Porto Alegre. É um edifício com certa austeridade, com
simplicidade, sem dúvida nenhuma, da sua linguagem, das suas linhas, dos seus
espaços, onde o vazio passa a ser muito importante. Então algo em que o nosso
projeto se embasou, com uma prioridade muito grande, foi que, assim como nós
temos a Cidade entrando através da Avenida Cultural Clébio Sória, aqui neste
edifício, que esta avenida e esta Cidade também adentrassem ainda mais no que é
o espaço da Câmara, cruzando o nosso edifício, passando por essa passarela que
nós vemos, e culminando, aí sim, num grande mirante – digamos assim – para o
que é o Rio Guaíba, para o que é a paisagem da Cidade, como essa presença
belíssima do horizonte, tão rara em muitas cidades, como a nossa, por exemplo,
que é São Paulo. Então, é a oportunidade de fazer com que a arquitetura possa
dialogar com isso, possa, num dia comum como hoje e pelos diversos motivos que
nos unem aqui, também vivenciar um pouco do que é a Cidade, do que é a paisagem
e do que é o lugar de encontro. Nós estamos aqui, sem dúvida nenhuma, numa
oportunidade de trabalho coletivo, cada um nos seus inúmeros âmbitos – o Sr.
Presidente, os Vereadores, todos os servidores, os arquitetos que estão
envolvidos na construção de toda a nossa Cidade.
Eu
gostaria de finalizar dizendo que tudo isso é feito, no fundo, para as pessoas
que se encontram aqui e que, para nós, é muito importante esse acolhimento. Foi
uma surpresa muito grande encontrar este auditório repleto de cidadãos de Porto
Alegre porque é para eles que tudo está sendo feito. Um desejo muito grande nosso
é que esta Casa, como tantas outras de nosso País, continue crescendo, se
ampliando na abrangência do que é a população como um espaço de diálogo, um
espaço de encontro. Se, de alguma maneira, nós, arquitetos, pudermos contribuir
com isso dentro do nosso trabalho e junto com todos, já terá valido a pena o
nosso esforço. E nos emociona muito ter vocês aqui hoje. Esperamos poder
servi-los da melhor maneira possível. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Muito obrigado, Arq. Daniel. Solicito
que continuem mostrando mais imagens para podermos observar, degustar
antecipadamente.
O
Sr. Daniel Corsi da Silva: As imagens que estamos vendo aqui é exatamente o
ponto de vista de quem, na continuação da Av. Clébio Sória, poderá ver a
fachada principal do edifício, que é a extensão do que é a Câmara hoje. Essa é
uma fachada em que vemos, na parte intermediária, esse vidro mais transparente,
mais translúcido, que é o espaço da rua e da Cidade que adentra pelo novo volume
da sede administrativa, que, nesses andares superiores, abrigarão as
Diretorias-Gerais de Patrimônio e Finanças, Setor Administrativo e, na parte
inferior, os usos mais diversificados, como auditórios, café, área de
exposição, que será, sem dúvida nenhuma, a extensão disso que vemos hoje aqui
embaixo também, como as áreas de encontros culturais e as áreas com
possibilidade de abrigar o que é a cultura de Porto Alegre. Como eu tinha dito
anteriormente, a questão de como é difícil... Também se relaciona com a Câmara
atual através de seus espaços e através dessa leveza que nós vemos nesse
edifício, que é uma herança muito bonita dos edifícios modernos. Buscamos, de
certa maneira, fazer com que estivesse presente também nesse diálogo entre o
que é o novo e o que é esse patrimônio representado como edifício que nós já
aqui ocupamos.
É
importante salientar que essa expansão é estritamente fundamentada para abrigar
a parte administrativa, e isso, para a gente, foi muito importante. Este
continua sendo o principal edifício da Câmara: ele abriga o plenário, é onde
fica representada toda a parte simbólica da presença da Câmara na Cidade, mas o
nosso, ele não tem essa função de se contrapor a isso, mas, pelo contrário, de
tem a função de complementar. Então, ele é um complemento deste edifício,
sempre mantendo aqui a questão da relevância simbólica que tem este prédio. Uma
coisa interessante é que, pelo programa que abriga, pelos usos, pela ocupação,
o nosso edifício se faz um pouco mais alto do que este, mas isso, de certa
maneira, também faz com que a Câmara, que hoje, de alguns pontos, fica acolhida
pela vegetação, acolhida por essa escala, também possa ser observada por esse
edifício um pouco mais alto e que se abre para o Guaíba numa outra fachada, que
será possível ver mais adiante. De dentro do edifício, também será sempre
possível contemplar o que é a paisagem e o que é o lugar onde ele está situado,
que é um terreno e uma paisagem de extremo valor.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Elizandro Sabino está com a
palavra em Comunicações.
O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, apenas quero parabenizar
pela exposição, também os arquitetos, pois hoje é o Dia do Arquiteto. Quero
parabenizar vocês pela brilhante exposição, parabenizar, também, o Ednezer, o Daniel,
a Laura, a Dani e o André, que aqui estão representando o escritório. Nós
estamos muito felizes. Eu – que sou filho de um que foi Vereador nesta Casa de
1996 a 2000, hoje, eu sou Vereador desta Casa – olho o projeto vencedor, e isso
me traz grande alegria e muita felicidade ao findar deste ano. Parabéns,
Presidente, pela iniciativa, e também aos próximos presidentes que estarão
dando seguimento e andamento a esse projeto. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra em Comunicações.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Inicio cumprimentando pelo Dia do Arquiteto e cumprimentando,
também, pelo projeto. Aproveitando este momento, quero repetir o que eu tenho
repetido aqui desta tribuna nos últimos tempos. Aqui em Porto Alegre, nós temos
um prédio que está prestes a ser atropelado, e eu busco que ele seja tombado.
(Mostra fotografia.) Este prédio representa não só simbolicamente, mas,
efetivamente, o nascimento da cultura regional gaúcha. Esse é um projeto que
vem de João Cezimbra Jacques, o projeto cultural, não o arquitetônico, de
1898, 116 anos. O projeto arquitetônico está completando 81 anos. Arquiteto
autor do projeto: João Antônio Monteiro Neto, 1933. Parecer assinado pelo
Doutor em Arquitetura Günter Weimer, com dez laudas, mostrando a importância
histórica e arquitetônica deste prédio. Eu venho, nos últimos tempos,
defendendo a questão histórico-cultural no sentido da cultura regional gaúcha,
mas, depois de receber este laudo, eu peço que nos ajudem a divulgar porque,
depois que atropelarem este prédio, é tarde. Hoje, homenageio todos os
arquitetos e convido a todos para conhecerem todos estes documentos. Eu disponho
de cópia dos Estatutos de 1927 e de 1954, e, agora, também, de um laudo desse
arquiteto, que é doutor em arquitetura, mostrando a importância deste prédio no
sentido arquitetônico da construção. Apresento os nossos cumprimentos a todos
os arquitetos e faço um convite para que se somem a esta luta. Eu acho que
estamos quase chegando ao momento de vermos este prédio, esta obra artística e
arquitetonicamente importante ser atropelada. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a
palavra em Comunicações.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, arquitetos aqui presentes, pessoal das galerias, servidores; falo
em meu nome, não estou aqui fazendo uma fala em nome do Partido ou de
representante; falo como mandatário, eleito nas eleições de 2012.
Primeiro,
quero dizer que, pelo nosso sistema político, a cada quatro anos, a Câmara tem
eleições. Estou falando o óbvio aqui, mas para dizer que eu sou desta nova Legislatura,
em que – não sei se estou enganado nos cálculos – houve uma renovação de 47% na
Câmara. Então, a pergunta que eu faço é: quantas decisões de legislaturas
anteriores vinculam às legislaturas seguintes? Se essa decisão tomada no
sentido de construir esse novo prédio aqui foi no passado – eu não sei – e está
vinculando para o futuro, bom, é uma questão. Eu digo isso porque não
participei, por isso não sei se, em algum momento, representantes do meu
Partido participaram dessa decisão que, inclusive, abriu a seleção pública.
Então, estou aqui problematizando, porque não quero entrar no mérito, mas quero
dizer, no mínimo, que há, de nossa parte, como mandato, como Vereador, uma
incerteza sobre o mérito de termos um novo prédio. Eu tenho dúvidas. Se hoje eu
tivesse que votar, se neste momento abrisse o painel de votação: “Quem vota a
favor de ter ou não um novo prédio?” Eu votaria contra. (Palmas.) Para as
pessoas que estão aqui reivindicando o direito à moradia, esclareço que eu não
faço com esse intuito - se as pessoas estão precisando de moradia, então não
vamos construir um prédio. Não é isso. Não é uma fala para aplausos. Não é para
isso. Eu só não gostaria de perder a oportunidade. Estou diante de quem venceu
o concurso. Se me perguntassem: “O prédio precisa de reformas?” Sim! O mau
cheiro que há aqui embaixo nesta Casa é horrível. No dia em que entramos na
Câmara pedimos para, simplesmente, tirarem aqueles compensados das paredes dos
gabinetes e colocarem vidros, para aproveitar a luz de fora e para tornar a
Câmara mais transparente, no sentido até simbólico do termo. Foi indeferido,
porque se diz que é um padrão nos gabinetes. Então, aqui, você circula na
Câmara e não vê ninguém, não sei se propositalmente – só se estiver com a porta
aberta, Ver. Brasinha – muito bem! Então, vejam, tem uma reforma, inclusive de
concepção, de mais arejada, de transparência, para as pessoas se enxergarem –
aqui é um labirinto! Eu só gostaria de deixar registrada, no mínimo, uma
incerteza, mesmo aos vencedores do concurso, em relação ao mérito, pelo menos
de minha parte. Dentro disso está uma concepção de Parlamento: se precisamos de
um parlamento profissionalizado; se as sessões não poderiam ser à noite; qual é
a função do Vereador; se ele precisa de um salário; se em democracias mais
antigas não há essa profissionalização dos parlamentares? Enfim, é uma
discussão de fundo da democracia, que resulta ou não num novo prédio, ou em
manter o mesmo, inclusive diminuí-lo.
Então
eu digo que há problematizações aí para conversarmos. Não sei se a decisão já
está tomada, mas neste eu seria contra, no mínimo, pela dúvida. Mas parabenizo
pelo trabalho elaborado pelos profissionais. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, respeito a sua opinião, mas,
na realidade, esse é um pleito antigo e foi amplamente colocado, tanto que foi
colocado que abriríamos concurso, como foi feito. E eu não ouvi, em nenhum
momento, V. Exa. se manifestar. Mas acho que é importante, a contrariedade faz
parte do processo democrático. Eu acredito que a sua bancada tenha discutido
isso, porque o seu partido é o que mais discute internamente.
Só
vai ficar aqui neste prédio a Diretoria Legislativa. As outras diretorias vão
sair daqui para poder acomodar melhor os Srs. Vereadores. Esta é uma discussão,
a sua postulação está certa, mas sugiro que, internamente, no seu partido, V.
Exa. discuta. Ser contra faz parte do processo. Eu só lastimo, porque V. Exa.
poderia ter feito isso antes, para discutirmos o processo.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Eu tenho dúvida, acabei de perguntar
para a Diretoria Legislativa onde estaria a ata que decidiu sobre essa seleção
pública. Parece que é algo que sai de um setor administrativo. Vou procurá-la.
Mas eu posso lhe dizer, Sr. Presidente, que em momento nenhum - só se eu estava
ausente -, mas uma decisão tão importante como essa não teve um momento em que
todos os Vereadores pudessem opinar. Se eu fui representado nessa decisão, é
justamente essa dúvida que me paira. Quero ir atrás dessa ata, quero ver se
tinha algum Vereador do meu partido presente nessa decisão.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Posso lhe assegurar que tinha. O
Vice-Presidente, Ver. Mauro Pinheiro, faz parte da Mesa Diretora, e V. Exa.
aprovou e votou. Mas continue fazendo, porque eu acho importante isso para o
crescimento. Volto a dizer a qualquer Vereador que se entender, num determinado
momento, que devamos voltar à discussão, estaremos aqui para discutir. Só nos
causou espécie que depois de todo esse processo, V. Exa. vem - e não quero
dizer que foi de maneira oportuna - questionar isso.
Informo
que hoje, às 19h - e quero convidá-lo, Ver. Marcelo, mesmo com a questão da
dúvida -, faremos a entrega dos prêmios, com um coquetel.
Agradeço
ao escritório dos arquitetos Daniel Corsi da Silva, Laura Prado, Dani Hirano,
André Sauaia; ao Instituto de Arquitetos do Brasil, através do seu 2º
vice-presidente e ao IAB pelo processo, que foi um divisor de águas, talvez, em
Porto Alegre. Um processo do qual 52 escritórios do Brasil participaram, nenhum
dos cinco primeiros foi do Rio Grande do Sul. Participaram dois escritórios de
São Paulo, dois de Curitiba e um de Brasília. Esse é um processo que terá
continuidade, queremos que cada Vereador contribua e uma das formas de contribuir
também é negando. Isso é bom para o processo. Eu volto a dizer: aqui é a Casa
do Povo, é a Casa da democracia. E sempre saúdo dizendo: Benditas as
divergências, porque o contraditório é que nos faz crescer.
Muito
obrigado ao escritório pela apresentação. Estão suspensos os trabalhos para as
despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h17min.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às
15h20min): Estão
reabertos os trabalhos.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA
(Requerimento): Sr.
Presidente, solicito que corremos a Pauta, logo após entrássemos na Reunião
Conjunta das Comissões e que o período de Grande Expediente fosse transferido
para a próxima Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria da
Ver.ª Fernanda Melchionna. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A
Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, cumprimento às comunidades que bravamente conquistarão, com
certeza, hoje a votação prévia, nas Comissões, das suas AEIS, do seu direito à
moradia, que tem que ser prioridade nesta Cidade. Como nós vamos votar vários
projetos, quero ponderar com o conjunto dos Vereadores: os municipários estão
acampados na frente da Prefeitura, hoje, durante o dia. Nós construímos, o
conjunto das bancadas, o compromisso de não votar projetos do funcionalismo –
não as AEIS, quando vão votar as AEIS –, mas dos funcionários municipais,
projeto do Executivo, se não fosse votado, se não viesse para esta Casa o
projeto que resolve a carreira dos municipários, que correm o risco de ter
redução de 30% nos seus salários.
E
o relato que o Simpa dava hoje no Paço Municipal, Vereadores – e falo em
especial aos Vereadores da base do Governo –, é que o Governo tem uma
divergência com a proposta do Simpa. O Governo quer criar uma parcela autônoma
para congelar o salário e quer manter os percentuais do avanço na carreira
sobre o básico. Portanto, achatando os salários dos municipários na sequência
da carreira.
E
se o Governo Municipal não sentar e não negociar, terminará o ano com algo
dramático para o conjunto dos municipários, que não merece uma situação como
essa. Os funcionários estão acampados na frente da Prefeitura; são 12 barracas,
Ver.ª Lourdes, que vão ficar até o projeto entrar nesta Casa. Portanto, não é
possível, sem ter projetos de interesse como esse da habitação, votar outros
que estão aqui previstos, como gratificação para o Previmpa, como criação de
Secretaria de Turismo, etc. Porque nós nos comprometemos nesta Casa. E eu pedi
licença para fazer esta fala de Liderança porque eu não vou trair a categoria
municipária! A categoria lotou o plenário, como agora com vocês, e todos nós
nos comprometemos a votar os projetos para o funcionalismo só quando chegasse o
projeto geral da categoria municipária. Por isso era importante a fala antes
das reuniões conjuntas, que os líderes considerassem isso e que entrássemos em
contato com o Governo para que não votássemos projetos que mudam as questões
funcionais aqui de interesse da Prefeitura, porque ela não está priorizando
resolver o conjunto do funcionalismo. Hoje pela manhã, senhores e senhoras...
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: E votaremos as AEIS. Exatamente essa
limpeza na pauta vai favorecer a votação do projeto das AEIS, a limpeza que
estou propondo. Porque há uma lista grande aqui, e nós queremos votar, em
primeiro lugar, o projeto das AEIS, não tenham dúvida nenhuma, nenhuma!
Eu
vou pedir a paciência de vocês neste minuto para falar de algo importante,
porque sei que muitos de vocês têm na família cooperativadas. As mulheres que
trabalham para a Prefeitura de Porto Alegre, as terceirizadas, ontem estavam
mobilizadas, porque há três anos não têm férias, não receberam o
vale-transporte e o alimentação, não receberam nenhuma parcela do 13º salário,
o Fundo de Garantia não está depositado. Quase mil mulheres massacradas,
terceirizadas pela Prefeitura. E nós queremos a rescisão do contrato da
Cootrario! Queremos que a Prefeitura pague imediatamente essas funcionárias da
cozinha e da limpeza, que são mulheres guerreiras e que estão sofrendo;
sofrendo com baixos salários e com desrespeito. Então, é muito importante que a
Prefeitura tome uma atitude, amanhã de tarde tem assembleia das colegas
terceirizadas. Não dá mais para ser conivente com a exploração de homens e
mulheres que fazem a alimentação das nossas crianças nas escolas do jeito que
está acontecendo...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Ver.ª Sofia Cavedon, só quero fazer um
pequeno comentário sobre a primeira parte da sua fala. Hoje de manhã as
lideranças se reuniram, seu Líder estava lá, ficou acordado que faríamos a
Reunião Conjunta e foi ventilada a questão do efeito cascata. Os Líderes
combinaram, de forma conjunta, que, se chegar o projeto e houver necessidade de
Reunião Conjunta, será feita a conjunta, e nós vamos votar no dia 22, desde que
chegue o projeto. Nós não podemos dizer algo enquanto não tiver o projeto nesta
Casa, mas foi combinado com todas as lideranças, e o seu Líder estava lá. Volto
a dizer: se articulem internamente e conversem entre si, senão constrange esta
Presidência e o colegiado de Vereadores.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2194/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 209/14, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que
denomina Rua Nossa Senhora de Fátima o logradouro público cadastrado denominado
Rua Dr. Paulo Smania, localizado no Bairro Rubem Berta, e revoga a Lei nº
6.083, de 8 de janeiro de 1988.
PROC.
Nº 2508/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 230/14, de autoria do Ver. Waldir Canal, que
institui o título de “Instituição Protetora dos Animais”, para pessoas
jurídicas, e o de “Protetor dos Animais”, para pessoas físicas, e dá outras
providências.
PROC.
Nº 2658/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 036/14, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o Troféu Câmara
Municipal de Porto Alegre à associação União dos Destaques do Carnaval de Porto
Alegre – Udesca.
PROC.
Nº 2878/14 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 041/14, que altera o inc. I do art. 1º e o caput do art. 2º e inclui art. 4º-A na
Lei nº 11.694, de 1º de outubro de 2014, que autoriza o Executivo Municipal a
contratar operações de crédito junto à União, por meio da Caixa Econômica
Federal (CEF), e operação de crédito externa junto ao Banco de Desenvolvimento
da América Latina/Corporação Andina de Fomento (CAF) e dá outras providências.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Não havendo inscritos, está encerrada a
Pauta.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 15h27min.)
* * * * *